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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Por uma alimentação sustentável, variada e sem pressa


Mil e uma tarefas, o horário do almoço minguando, hora de recorrer à cadeia de fast food mais próxima para “ganhar tempo”: cena comum, especialmente a partir das últimas décadas do século XX, já que são poucos aqueles que conseguem dedicar tempo para preparar uma alimentação saudável. Entretanto, na contramão, há cada vez mais pessoas no mundo que se levantaram contra a tendência à alimentação “rápida e pasteurizada”: os adeptos do Slow Food, um estilo de vida que propõe resgatar os prazeres da boa mesa, unindo o prazer da alimentação à ecogastronomia, preservando os sabores regionais e a biodiversidade agrícola.
O movimento Slow Food prega o direito e a valorização do prazer da alimentação, utilizando produtos artesanais cuja fabricação respeite o meio ambiente e os produtores. Dentre seus princípios estão a restituição da dignidade cultural ao alimento, favorecimento da sensibilidade do gosto e luta pela preservação e uso sustentável da biodiversidade.

Seus seguidores buscam a proteção de espécies vegetais e animais, contribuindo com a defesa do meio ambiente, da cozinha típica regional, dos produtos saborosos e do prazer da alimentação. Há inclusive um catálogo, a Arca do Gosto, criado em 1996, que reúne produtos de todo o mundo ameaçados de extinção, mas que ainda resistem e possuem potencial de cultivo e comercialização. Dentre os produtos brasileiros na lista, podemos destacar
o pirarucu, o umbu, o palmito juçara, o pequi e a mangaba.

O Slow Food também ganhou adeptos dentro da alta gastronomia. Cresce entre os chefs a defesa dos ingredientes orgânicos, regionais e sazonais e do resgate da simplicidade na cozinha. É cada vez mais notória a necessidade de que o gastrônomo precisa ser o que Carlo Petrini (fundador do Movimento Slow Food) definiu como co-produtor: alguém conhecedor da agricultura e pecuária, das condições dos trabalhadores do campo, da procedência dos produtos, que rejeita meios de transporte poluidores em excesso e empresas que arruínam culturas locais ao se instalarem nas comunidades.

Além de promover uma relação mais saudável do homem com o alimento, a filosofia Slow Food chama a atenção para a relação homem-natureza, mostrando que podemos contribuir para a proteção ambiental enquanto nos alimentamos, além de beneficiar a cultura e a economia dos produtores da região onde moramos ou visitamos. O turismo gastronômico é uma das áreas de potencial que o movimento Slow Food pode impulsionar.

Fonte:http://www.oeco.com.br/alimentos
Foto: http://blog.jasminealimentos.com/10-dicas-para-uma-alimentacao-saudavel/
Postagem e adaptação: José Evânio
Coordenador do LEI II